Da Pedra às Redes: Uma Jornada pela Evolução da Comunicação
A Mostra Cultural deste ano convida todos a embarcar em uma fascinante jornada pela história e pelo desenvolvimento das formas humanas de expressar-se. Desde os tempos mais remotos, o ser humano busca maneiras de se conectar, compartilhar ideias, transmitir sentimentos e construir relações, transformando a necessidade de se comunicar em um dos pilares da vida em sociedade.
Essa trajetória começa no início da própria humanidade, simbolizada pelos trabalhos iniciais da turma da oficina “O coração da Arte” que apresenta a confecção da “barriga de uma mãe” com o bebê em seu interior, representação poética do nascer da inteligência humana.
Esse nascimento marca o despertar da consciência, do pensamento e da curiosidade – sementes que, ao longo da história, dariam origem aos filósofos e artistas rupestres, aos contadores de histórias e curandeiros, aos inventores e observadores da natureza.
Foram esses primeiros “profissionais da humanidade” que transformaram a necessidade de compreender o mundo em conhecimento, e a necessidade de se expressar em comunicação — abrindo caminho para todas as formas de linguagem e de convivência que construíram a história humana. Dos desenhos gravados nas cavernas às redes digitais que hoje nos aproximam em tempo real, cada etapa dessa evolução revela um mesmo desejo: comunicar para compreender e ser compreendido. Ao longo desse percurso, nossos alunos vivenciaram experiências de pesquisa, criação e reflexão que os ajudaram a compreender o papel transformador da comunicação e o impacto das tecnologias em nossa forma de viver, aprender e conviver.
Conheça os trabalhos dessa Mostra Cultural
1º Ano — Antes das redes, brincar eram as redes
Antes das redes digitais, as conexões aconteciam de outra forma: nos jogos, nas ruas, nas conversas e nas brincadeiras compartilhadas. As crianças do 1º ano resgataram brincadeiras tradicionais, explorando o valor do encontro, do olhar e do riso como forma de comunicação genuína. A proposta convida à reflexão sobre a importância de se desconectar das telas para se reconectar com o outro, celebrando a infância em sua essência.
Apresentações Musicais
Brincar é aprender, criar e conviver — é no faz de conta que nascem laços e a imaginação floresce. Hoje, com brilho nos olhos, nossos pequenos celebram a infância apresentando as músicas “Vamos Brincar” e “Brincando Lá Fora”, convidando todos a cantar, vibrar e celebrar o prazer de ser criança!
2º Ano — Da pedra aos cliques: o que nunca mudou foi o desejo de falar, ouvir e estar junto
Do carvão nas cavernas aos cliques nas telas, a vontade de se comunicar atravessa os séculos. Os alunos do 2º ano construíram uma linha do tempo visual, retratando os diferentes meios de comunicação – das inscrições rupestres até a inteligência artificial – e mostrando que, mesmo com tantas transformações tecnológicas, o que permanece é o desejo humano de compartilhar histórias e sentimentos.
Apresentações Musicais
Para celebrar esse aprendizado, prepararam uma apresentação musical com as canções “Disque pra mim”, do grupo Éramos Três, e “A máquina de escrever”, de Leroy Anderson, que transformam sons e memórias em música.
3º Ano — Fábulas: da oralidade à escrita
Antes da escrita, a comunicação era passada “de boca em boca”, por meio das histórias contadas ao redor do fogo. As fábulas, trabalhadas pelos alunos do 3º ano, representam esse elo entre a tradição oral e a linguagem escrita. Ao estudá-las, as crianças compreenderam como a comunicação evoluiu da memória coletiva para o registro permanente e como as morais dessas histórias cumprem um papel essencial de ensinar valores, transmitir sabedoria e orientar comportamentos por meio da narrativa. Também perceberam que, à medida que os meios de comunicação se transformam – da fala para a escrita, do livro para as telas -, as histórias passam a ser contadas de novas formas, adaptando-se ao tempo, à cultura e à linguagem de cada geração, ganhando assim novos significados e interpretações.
Apresentações Musicais
Nesta mostra, os alunos do 3º ano celebram essa jornada da fala ao texto, inspirados nas fábulas de Esopo e La Fontaine e nas histórias de Pedro Bandeira, que ensinam valores como amizade, solidariedade e respeito. A apresentação musical tem início com “História da Escrita”, seguida de canções que exploram o universo das fábulas e da imaginação. Entre elas, “A Tartaruga e o Lobo”, uma música divertida que fala sobre coragem, autoconfiança e cuidado, simbolizados pela força da Dona Tartaruga e sua casca protetora.
4º Ano — “Dom Quixote”: a transição da voz à imprensa
A leitura do clássico Dom Quixote permitiu que o 4º ano refletisse sobre um momento decisivo da história da comunicação: a passagem da tradição oral para a cultura escrita e impressa. Na época de Cervantes, os livros começaram a se popularizar e, com eles,
surgiu uma nova forma de ver o mundo. O personagem Dom Quixote, encantado pelos romances de cavalaria, passa a enxergar a realidade através das histórias que lê – uma metáfora poderosa sobre como os meios de comunicação moldam nossas percepções e influenciam nossa maneira de compreender a vida. Assim, os alunos puderam reconhecer que cada avanço na comunicação – da imprensa às redes – transforma também o modo como pensamos, sentimos e nos relacionamos com o mundo ao nosso redor. O estudo de Dom Quixote, portanto, revela que, desde o nascimento da imprensa até as redes digitais de hoje, comunicar é, sempre, criar novas formas de ver e interpretar a realidade.
Apresentações Musicais
A apresentação musical une literatura, história e música, celebrando o poder da imaginação e da palavra! Com a canção “Contadores de Histórias” viajaremos no mundo dos contos que marcaram a história e, logo após, cantaremos “Dom Quixote de La Mancha”, um resumo da história do cavaleiro andante, sonhador, guerreiro, que lutava por justiça com muita bravura.
5º Ano — Não se perca nas redes
Vivemos hoje um tempo em que é possível se comunicar instantaneamente com o mundo inteiro – mas, paradoxalmente, muitas vezes nos desconectamos de quem está ao nosso lado. O 5º ano convida a uma reflexão sobre o uso consciente das tecnologias e o equilíbrio entre o real e o virtual. A partir do tema “Não se perca nas redes”, os alunos discutiram como a comunicação digital pode ser uma grande aliada do aprendizado e da convivência – desde que seja utilizada com propósito, responsabilidade e moderação. Durante o projeto, as turmas buscaram compreender a evolução dos meios de comunicação e sua influência no comportamento humano, reconhecendo como o avanço tecnológico transformou a maneira de se informar, se relacionar e aprender. Refletiram também sobre os sinais de uso excessivo das telas e os impactos que isso pode causar na convivência, na atenção e até na saúde emocional. Mais do que alertar, o trabalho propõe uma tomada de consciência: qual lugar as redes ocupam em nossas vidas? De que forma podemos fazer com que a tecnologia seja uma aliada da convivência e do aprendizado, e não um obstáculo? Conecte-se com o mundo, mas não se desconecte de você. A internet liga pessoas, mas é você quem escolhe aonde vai se conectar. A rede conecta, mas o coração escolhe com quem e por quê. Use com equilíbrio! Não se perca nas redes!
Apresentações Musicais
O 5º ano convida a uma reflexão nas canções que embalaram nosso projeto, como ‘Desconecta’ e o tema do filme que assistimos, ‘WiFi Ralph: Quebrando a Internet’. Nosso objetivo é buscar o equilíbrio entre o real e o virtual. Mais do que um alerta, o trabalho propõe uma tomada de consciência, um convite para o ‘Desconecta’: qual lugar as redes ocupam em nossas vidas?
Matemática avançada – A linguagem que organiza o mundo
Desde os primeiros registros feitos nas pedras até os complexos algoritmos que sustentam as redes digitais, a matemática sempre esteve presente como uma das formas mais poderosas de comunicação humana. É por meio dela que traduzimos o mundo em símbolos, números e relações que revelam padrões, constroem pontes entre ideias e permitem compreender e transformar a realidade.
Na jornada “Da pedra às redes”, a Matemática Avançada se revela não apenas como uma ciência exata, mas como uma linguagem universal — aquela que conecta o pensamento lógico à criação, a observação à invenção, e o passado às possibilidades do futuro.
Pensamento computacional – Reconhecer padrões e criar conexões
Desde os primeiros sinais gravados nas pedras até os códigos que hoje circulam pelas redes digitais, a comunicação humana evolui impulsionada pela capacidade de pensar logicamente, identificar padrões e transformar observações em linguagem. O pensamento computacional nasce dessa mesma essência: organizar o raciocínio, decompor problemas e criar conexões que transformam ideias em soluções concretas.
Nessa jornada “Da pedra às redes”, o pensamento computacional representa o elo entre a lógica ancestral e a inteligência tecnológica. Ele nos convida a compreender a comunicação não apenas como troca de mensagens, mas como um processo criativo e estruturado que combina razão, linguagem e inovação — a base para construir o mundo digital em que vivemos e nos comunicamos.








































































